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Uso do Mulungu na Fitoterapia, para o alívio da ansiedade e insônia

As cascas de várias espécies do gênero Erythrina são usadas tradicionalmente para aliviar ansiedade e insônia.

Fonte da foto: Lorenzi, H. e Matos, F.J.A - PLANTAS MEDICINAIS NO BRASIL: Nativas e Exóticas


Parte usada

Cascas, frutos, folhas, folhas e entrecasca, folhas e caules, dependendo da espécie.

Nomes comuns Mulungu

Mulungu é o nome popular empregado para estas cinco espécies e o uso na população está intimamente ligado a rituais místicos e religiosos dos povos indígenas e negros antigos.

· Erythrina speciosa : mulungu-do-litoral, eritrina-candelabro;

· Erythrina mulungu: amansa-senhor, árvore-de-coral, bico-de-papagaio, canivete, capa, tiricero;

· Erythrina verna: mulungu;

· Erythrina falcata: corticeira-da-serra, corticeira-do-mato, sinhanduva, sinandu

· Erythrina velutina: Suína, mulungu, canivete, corticeira.

Material vegetal usado

Em geral a casca ou a entrecasca é usada, mas também há o uso das folhas e flores, dependendo da espécie.

Uso Medicinal

Existem usos da planta descritos em farmacopéias e sistemas tradicionais de medicina que têm apoio experimental. O Formulário Nacional Fitoterápico e legislação da ANVISA (Brasil, 2010) citam o uso de uma decocção da casca de Erythrina verna para quadros leves de ansiedade e insônia, como calmante suave. Mas há na literatura autores que citam seu uso como anti-inflamatórios e antibacterianos.

Alguns autores falam do emprego da decocção (ferver a parte da planta a ser usada) da casca e do caule da espécie E. velutina no combate à tosse e bronquite, bem como em tratamento de verminoses, hemorroidas e na cura de picadas da lacraia e do escorpião.

Já os frutos secos são usados como anestésico, por exemplo em dor de dente, e como sedativo em tosses e bronquites. O decocto das cascas da Erythrina velutina também serve para acelerar a maturação de abcessos nas gengivas.

de E. falcata e de E. velutina no combate de sangramento gengival e nas sinusites. A entrecasca desta espécie também é citada como cicatrizante e nos reumatismos. No Brasil há relatos da utilização de folhas e casca como sedativo e laxante. A casca do caule é usada como antibacteriana, analgésica e analgésica.

A casca da E. mulungu tem sido usada como sedativo nas populações indígenas. É considerada um excelente sedativo para tosse de origem nervosa, agitação psicomotora e insônia. É também empregada para inflamação hepática, esplênica e febre, além de asma, bronquite e gengivite.

Dosagem

As cascas de E. velutina e E. mulungu são empregadas sob a forma de pó, 12 gramas ao dia; ou na forma de decocto ou infusão, uma a duas xícaras ao dia, O extrato fluido é usado de um a quatro ml ao dia. A tintura da entrecasca é usada de uma a duas gramas ao dia.

Para a Erythrina verna o Formulário Nacional recomenda que o decocto da casca pode ser usado na proporção de quatro a seis gramas para 150 ml de água, duas a três vezes ao dia, não excedendo três dias de uso.

Precauções

Não usar as sementes, pelo seu potencial de toxicidade e não fazer uso da planta se tiver problema cardíaco.

Fonte: Benjamin Gilbert; Rita Favoreto, Revista Fitos, Vol. 7 - nº 03 - julho / setembro 2012.



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