O que o tratamento do câncer tem a ver com o coração?
- Dra. Valdelene Andrade
- 9 de dez. de 2020
- 1 min de leitura
Já é bastante difícil conviver com a presença do câncer em si. Inúmeras incertezas começam a rodear nossa cabeça quando nos deparamos com esse diagnóstico, seja em nós mesmos ou em uma pessoa próxima.

Mas em uma situação como essa, não podemos nos desligar dos cuidados com os outros segmentos do nosso corpo. Independentemente do local do câncer, o coração é um órgão que sofre efeitos colaterais de muitos dos quimioterápicos. Essas medicações usadas para tratar o câncer podem causar cardiotoxicidade (ser tóxicas ao coração), e com isso provocar o desenvolvimento de arritmias, isquemia miocárdica, hipertensão, insuficiência cardíaca, entre outras manifestações.
Normalmente o próprio oncologista já irá fazer o encaminhamento para que o cardiologista acompanhe o tratamento. O ideal é que o cardiologista faça uma avaliação antes, durante e após a quimioterapia. Por vezes ele precisará introduzir medicações cardioprotetoras (para reduzir os danos no coração) e em outras vezes até suspender a quimioterapia, já que uma insuficiência cardíaca tem prognóstico pior que muitas neoplasias.
Se você está ou acompanha alguém em tratamento oncológico, fale como o oncologista sobre os cuidados com o coração. Nunca é demais lembrar que prevenção é sempre o melhor remédio.

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