Milagres existem?
- Dra. Valdelene Andrade
- 1 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
A palavra “milagre” tem a mesma origem latina que a palavra “admirar”, e ambas derivam do verbete miror. O dom de milagres é considerado pela Igreja Católica um carisma extraordinário, uma verdadeira bênção para o agraciado, reforçando sua fé e a de outros.

Não se restringe às curas físicas, mas inclui também as espirituais, os fenômenos da natureza e certas situações. Mas preferencialmente, a maioria dos milagres reconhecidos pela Igreja Católica são de cura do corpo, ou seja, de alguma doença; isto porque tais fenômenos são passíveis de verificação através da ciência.
Para que a Igreja declare alguém santo, exceto pela condição de martírio (quando o cristão sacrifica a própria vida pelo Evangelho de Cristo), são exigidos dois milagres realizados pela intercessão do candidato aos altares.
O milagre deverá ser reconhecido por uma comissão rigorosa e especializada, incluindo médicos que estudam os fatos, verificam exames e depoimentos a fim de comprovar que “houve a cura irreversível, inexplicável e súbita” de alguém que padecia de uma enfermidade, em estágio tal que a Medicina da época não conseguia resolver.
O primeiro milagre reconhecido de Frei Galvão, segundo Santos (2007), foi a cura de Daniela Cristina da Silva, na ocasião com apenas 4 anos, acometida do vírus da Hepatite A.
Consta nos registros médicos que a menina estava entre a vida e a morte, há vários dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pois viera a desenvolver encefalopatia hepática, com comprometimento renal e infecções gravíssimas.
Teve durante esse período uma parada cardiorrespiratória, e já não havia mais recurso médico que pudesse curá-la, permanecendo em coma. De acordo com os relatos, foi pedida a intercessão de Frei Galvão, e então foi obtida a cura rapidamente, surpreendendo a todos da equipe médica. A aprovação do milagre foi unânime entre os peritos do Vaticano em 1997.
Texto baseado no capítulo que trata dos milagres na obra “Saúde e Oração: a busca da cura e do autoconhecimento pela fé”, da Editora Santuário.

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