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Erva de Santa Maria: Nossa Senhora, rogai por nós!

Atualizado: 31 de mai. de 2021

São várias as plantas medicinais na natureza que homenageiam a mãe do Senhor. Uma delas é a erva-de-santa-maria, também conhecida como MASTRUZ. Planta presente em quase todas as regiões brasileiras, inclusive no Nordeste.

Fotos: Antônio Cavalcanti Viana, responsável pelo horto do Programa de Pós Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos CCS/UFPB


Muito conhecida pelo seu uso medicinal nos problemas do aparelho respiratório, principalmente nos quadros considerados mais graves, pela população: gripes mal curadas, bronquites crônicas e até tuberculose.

Seu nome científico é Chenopodium ambrosioides L. e vem despertando o olhar aguçado de muitos cientistas que estão buscando incessantemente um remédio para o novo Coronavírus.

Essa espécie é cultivada principalmente em climas temperado e subtropical. As folhas são utilizadas para diversos problemas de saúde, como complicações respiratórias, vasculares, gastrointestinais, neurológicas, endócrinas, reumáticas e parasitárias.

Também pode ser usada na gastrite, infecção intestinal, lombrigas, gripe e torção. Ainda sobre o uso popular dessa espécie existe o uso com finalidade anti-inflamatória, analgésica e curativa. destaca a indicação anti-parasitária (leishmaniose, giardíase e esquistossomose) e antifúngica. Aponta o uso tradicional desse vegetal no tratamento da insônia, epilepsia, ansiedade e agitação.


Os estudos científicos encontraram evidências do potencial dessa planta como antiparasitário, anti-hipertensivo, antibiótico e na prevenção da perda óssea. Também no tratamento dos hematomas e de fraturas por meio da regeneração óssea.


O composto ascaridolcarvacrol presente na erva-de-santa-maria (mastruz), tem potencial para ser usado como leishmanicida. O seu extrato hidroalcóolico possui efeitos sobre o metabolismo ósseo, pois altera as proteínas sanguíneas e enzimas que impedem a perda óssea e a substituição da medula por células adiposas.


Outra propriedade importante verificada cientificamente por alguns pesquisadores foi sua ação bactericida contra a H. pylori. As folhas do mastruz proporcionam uma queda na pressão arterial.


Estudos científicos evidenciaram que a planta é capaz de promover a Inibição de alguns mediadores da inflamação como por exemplo o fator de necrose tumoral (alfa (TNF-a) e Prostaglandina E2 (PGE2), além de inibir enzimas que participam de processos infamatórios.

No mercado existe a cápsula de Jinghua Weikang, efetiva contra a H. pylori resistente, onde o principal composto é o mastruz. Além desses efeitos um estudo sugere que, flavonoides glicosídeos presentes na planta podem desempenhar um papel fundamental como inibidores do SARS-CoV-2. No entanto, são necessários outros estudos para esclarecer melhor a eficácia do mastruz sobre o novo Coronavírus.


Lembramos ainda que toda planta, assim como os medicamentos industrializados (comprados nas farmácias), podem desencadear efeitos colaterais ou tóxicos. Deverão ser seguidas as devidas orientações de preparo, parte a ser usada, cuidados de coleta e armazenagem para que o princípio ativo atue beneficamente.

Fontes:

OLIVEIRA, D. A. et al. Comprovações científicas do uso da Chenopodium ambrosioides L. (mastruz): uma revisão integrativa. CONIDIS – I Congresso Internacional do Semiárido.

SILVA, F. M. A. da. lavonoid glycosides and their putative human metabolites as potential inhibitors of the SARS-CoV-2 main protease (Mpro) and RNA-dependent RNA

polymerase (RdRp). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 2021.



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