O choro de um bebê é sempre angustiante para mamães e papais, que ficam muito estressados diante dessa situação. Primeiramente, é importante lembrar que o choro é a maneira que a criança tem de se comunicar com o mundo. Através do choro, os pequenos podem estar expressando várias coisas: fome, cansaço, falta da mãe, frio, calor, desconforto, ou algo errado com seu corpo.

Aos poucos, os cuidadores (mãe, pai, avós, babás) vão aprendendo em meio a este convívio diário com a criança, o significado de cada choro. Muitas vezes o bebê fica inconsolável, e todos dizem: “é cólica”. E esta é uma das mais frequentes causas de procura aos consultórios dos pediatras.
É comum que esta condição aconteça durante os primeiros cinco meses de vida, pela própria condição fisiológica de imaturidade do seu aparelho gastrointestinal. Mas se algo estiver comprometendo o crescimento e desenvolvimento da criança deverá ser feita uma investigação diagnóstica. Daí a importância das consultas de puericultura com o pediatra.
O profissional durante a consulta deverá avaliar o peso, estatura, desenvolvimento neurológico e outros aspectos físicos do bebê, a fim de detectar qualquer anormalidade que possa comprometer sua saúde.
Todos os aspectos fisiológicos, como o aspecto das fezes, cor e frequência da urina, aceitação das mamadas, qualidade do sono, comportamento sem os episódios das “supostas cólicas”; ou seja, quando o bebê não está com dor, ele sorri? Há momentos em que ele está tranquilo, ficando agitado em determinada hora do dia, voltando depois ao normal?
O pediatra após a anamnese e exame físico da criança poderá demandar uma investigação mais detalhada com exames de sangue, urina, ultrassom. Se durante a consulta o médico se convencer de que nada há de errado, poderá tranquilizar os pais. Os familiares muitas vezes dominados pela ansiedade requisitam do profissional exames laboratoriais e de imagem desnecessários.
Alguns medicamentos poderão ser prescritos, como analgésicos, devendo cada caso ser visto em particular. Mas outras medidas são mais importantes do que a terapêutica medicamentosa: massagem, colocar o bebê para movimentar as pernas de encontro ao abdome, banho morno, acalentar o bebê no colo, balançar suavemente o bebê, pois os movimentos repetitivos acalmam.
Os chás não são recomendados para os menores de dois anos, pois as plantas não estão isentas de efeitos colaterais e reações alérgicas. Outra medida importante é a eliminação da dieta materna de alimentos que por ventura possam estar contribuindo para o quadro, como os produtos lácteos ou ricos em gorduras, os refrigerantes, a cafeína e o chocolate.
Os aspectos emocionais dos pais e cuidadores também se refletem sobre o estado de saúde da criança desde antes do seu nascimento. Assim, uma gravidez não desejada, situações matrimoniais conflituosas entre os pais se refletirão sobre o comportamento dos seus filhos, podendo resultar em um bebê mais “chorão”.
A alimentação ideal para o bebê menor de seis meses é o leite materno por ser completo, isento de alérgenos e de contaminantes. Além disso, sua composição apresenta água, calorias, proteínas, gorduras; tudo nas proporções corretas, sem riscos de sobrecargas renal ou hepática. O leite materno também contém os anticorpos das infecções que a mãe já teve, passando para seu filho as defesas contra estes patógenos.
Dessa forma, os bebês que são precocemente desmamados ou recebem um leite inadequado para complementação apresentarão mais frequentemente e de forma mais severa tais distúrbios. A presença de sangue nas fezes, assim como de coloração muito pálida ou excessivamente escuras deverão chamar a atenção dos cuidadores. As consultas de acompanhamento são muito importantes para tirar dúvidas e detectar precocemente algum problema que possa estar acontecendo.
Fique atento(a)!

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