A Palavra como caminho para a cura
- Dra. Valdelene Andrade
- 2 de dez. de 2020
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Deus sabe exatamente do que precisamos, mas Ele quer que formulemos nosso desejo por meio da oração, como no exemplo a seguir.
“Indagou-lhe Jesus: ‘Que queres que Eu te faça?’ Rogou-lhe o cego: ‘Raboni, que eu volte a enxergar’ E Jesus lhe ordenou: ‘Vai em frente, a tua fé te salvou'" (Mc 10,51-52).

Os Evangelhos ilustram as curas feitas por Jesus de quatro formas diferentes, pois cada evangelista tem uma forma peculiar de ver os acontecimentos. Mas não se contradizem,
apesar das diferenças; na verdade se completam. Anselm Grün descreve com maestria a visão de cada evangelista:
1. Para São Marcos, a doença era vista como uma possessão do corpo por demônios; e a cura se dava pela expulsão deles sob o comando de Jesus, ou seja, por sua Palavra. De acordo com a psicologia moderna, tais demônios seriam o resultado de pensamentos neuróticos, de ideias fixas que impediriam o ser humano de ver os fatos com clareza.
2. Para São Mateus, existia sempre uma ligação entre doença e culpa, de modo semelhante à interpretação causal-redutiva de Freud. Para o evangelista a cura estaria condicionada ao perdão.
3. Para São Lucas, a doença seria uma deformação do ser humano, e a cura seria o restabelecimento de sua forma original.
4. Para São João, a doença ocorreria quando o homem se afastasse de Deus; e a cura estaria relacionada com o restabelecimento desse vínculo. Todo ser humano possui uma centelha divina dentro de si, que o coloca em contato com uma fonte própria de cura. Jesus, por meio de sua Palavra, restabelecia essa conexão, que fora interrompida, causando a doença.

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